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cirurgia bariátrica
27/07/2021

Cirurgia bariátrica: o que é, quem pode fazer, tipos e riscos

Saúde
7 min de leitura

A cirurgia bariátrica é uma operação que altera o sistema digestivo para reduzir a quantidade de alimentos em que o estômago pode absorver ou altera o processo de digestão natural para reduzir significativamente a quantidade de calorias absorvidas, promovendo assim a perda de peso. 

 

Por ser um tipo de cirurgia bastante invasiva na maioria dos casos, a cirurgia bariátrica geralmente ocorre apenas quando o paciente já tentou outras formas de tratamento, mas não obteve resultados esperados, ou quando o excesso de peso coloca em risco a vida. 

 

Portanto, antes de realizar tais operações, todos devem passar por uma avaliação médica rigorosa por uma equipe multidisciplinar composta por cirurgiões, nutricionistas, psicólogos, cardiologistas e outros especialistas médicos.

 

O que é cirurgia bariátrica?

 

A cirurgia bariátrica é um tipo de cirurgia que combina uma série de técnicas de redução do estômago com o objetivo de reduzir o peso de pacientes obesos. A realização deste procedimento geralmente ocorre quando a atividade física e reeducação alimentar já não consegue afetar mais a pessoa como deveria, e desta forma requer intervenção médica. Além disso, o procedimento é aprovado e reconhecido pelo Conselho Federal de Medicina. 

 

A obesidade é uma das condições de saúde mais comuns no século XXI. Isso porque, embora esteja relacionado a fatores genéticos, também reflete cada vez mais hábitos de vida: alimentação desequilibrada e estilo de vida sedentário. 

 

De acordo com dados de 2020 do Ministério da Saúde, 55,7% da população brasileira está com sobrepeso e 19,8% é obesa. O aumento do número de pessoas com sobrepeso também aumentou a demanda por tratamentos para emagrecer, como a cirurgia bariátrica, cujas indicações e riscos serão explicados com mais detalhes a seguir.

 

Quem pode fazer a cirurgia

 

De modo geral, a cirurgia bariátrica é indicada para pessoas com obesidade acima do grau II que não mostraram resultados após alguns meses de tratamento com dieta adequada e prática de exercício físico regular. 

 

Em geral, este procedimento é indicada para pessoas com idade entre os 16 e 65 anos e, só é indicada pelo Ministério da Saúde do Brasil nos casos de: 

 

-> IMC igual ou superior a 50 kg/m²; 

 

-> IMC igual ou superior a 40 kg/m², sem perda de peso mesmo com acompanhamento médico e nutricional comprovado durante, pelo menos 2 anos; 

 

-> IMC igual ou superior a 35 kg/m² e presença de outras doenças de risco cardiovascular alto, como pressão alta, diabetes descontrolada e colesterol alto. 

 

É importante lembra que o Ministério da Saúde também indica em alguns casos em que a cirurgia bariátrica está desaconselhada e que incluem: ter um transtorno psiquiátrico não controlado, incluindo o uso de drogas e bebidas alcoólicas; ter uma doença cardíaca ou pulmonar grave e descompensada; ter hipertensão portal com varizes esofágicas; ter doenças inflamatórias do trato digestivo alto ou sofrer de síndrome de Cushing por câncer.

 

Vantagens

 

Apesar de conseguir a perda de peso de modo significativo, a cirurgia bariátrica também traz benefícios relacionados às doenças associadas à obesidade, com melhoria e cura de doenças como: 

 

-> Hipertensão arterial

-> Insuficiência cardíaca

-> Insuficiência respiratória

-> Asma

-> Diabetes

-> Colesterol alto

 

Esse procedimento cirúrgico está ligado também a outros benefícios sociais como a diminuição do risco de depressão e aumento da autoestima, da interação social e da mobilidade física. Situações que fazem toda a diferença na vida de uma pessoa.  

 

Tipos de cirurgia bariátrica

 

1. Banda gástrica

 

Este modelo é o tipo de cirurgia menos invasiva e consiste em colocar uma banda, em forma de anel, em volta do estômago, de forma que ele diminua de tamanho, contribuindo para uma menor ingestão de alimentos.

 

De modo geral, este tipo de cirurgia apresenta menos riscos para a saúde do paciente e tem um tempo de recuperação consideravelmente mais rápido. Todavia, em alguns casos seus resultados podem ser menos satisfatórios do que o procedimento feito com a utilização de outras técnicas.

 

2. Bypass gástrico

 

A bypass é um procedimento invasivo em que o médico remove a maior parte do estômago e, em seguida, conecta o início do intestino ao resto do estômago, reduzindo assim o espaço disponível para alimentos e reduzindo a quantidade de calorias absorvidas. 

 

Este tipo de cirurgia funciona bem, permitindo que você perca até 70% do seu peso inicial, mas também apresenta mais riscos e recuperação mais lenta.

 

3. Gastrectomia vertical

 

Ao contrário da cirurgia do modelo bypass gástrico, neste tipo de cirurgia também pode ser chamada de “cirurgia sleeve”. O cirurgião mantém a conexão natural entre o estômago e o intestino, e apenas remove uma parte do estômago para torná-lo menor que o normal e reduzir a ingestão: a quantidade de calorias. 

 

Este tipo de cirurgia é menos arriscado que a cirurgia bypass, mas o efeito não é satisfatório, podendo perder cerca de 40% do peso corporal inicial, semelhante a uma banda gástrica.

 

4. Derivação biliopancreática

 

Nessa operação, parte do estômago e a maior parte do intestino delgado são removidos, constituindo a principal área onde ocorre a absorção de nutrientes. Dessa forma, grande parte dos alimentos não é digerida ou absorvida, reduzindo a quantidade de calorias da dieta.

 

Todavia, e embora uma boa parte do intestino delgado seja retirada, é importante ressaltar que a bile continua sendo liberada no primeiro pedaço do intestino delgado que é depois ligado à porção mais final do intestino delgado, de forma a que não exista interrupção do fluxo de bile, mesmo que o alimento já não esteja passando nessa parte mais inicial do intestino delgado.

 

Possíveis riscos da cirurgia

 

O risco da cirurgia bariátrica está relacionado principalmente a quantidade e à gravidade das doenças relacionadas à obesidade. 

 

As principais complicações são: 

 

-> Embolia pulmonar, ou seja, bloqueio dos vasos sanguíneos dos pulmões, causando dor intensa e dificuldade para respirar

 

-> Sangramento dentro do sítio cirúrgico

 

-> Fístula, que é uma pequena bolsa formada no ponto interno da área cirúrgica

 

-> Vômito, diarreia e fezes com sangue

 

Essas complicações geralmente aparecem durante a internação e são resolvidas rapidamente pela equipe médica. No entanto, dependendo da gravidade dos sintomas, novas ações podem ser necessárias para corrigir o problema. 

 

Além do mais, após a cirurgia bariátrica, os pacientes frequentemente apresentam complicações nutricionais, como anemia, deficiência de ácido fólico, cálcio e vitamina B12, podendo ocorrer desnutrição mais séria.

 

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