Por que é importante deixar o bebê engatinhar por mais tempo? Pode até parecer uma pergunta estranha em um primeiro momento.
Desde seus primeiros meses, o bebê quer se movimentar e descobrir as coisas em sua volta.
Acompanhar o desenvolvimento do bebê é algo magnífico para os pais. A cada dia que passa ele aprende um novo movimento, um novo gesto, que pode parecer muito simples, mas pode ter certeza que para ele já foi muita coisa. Todo esse processo tem um nome: marcos de sustentação, assim chamado pelos especialistas para se referirem às fases decisivas do desenvolvimento motor de cada faixa etária.
Em geral, por volta dos 3 meses o bebê já é capaz de sustentar a própria cabecinha e, aos 5, consegue se virar, quando deixado de bruços, na posição chamada popularmente de “tartaruguinha”, em que se apoia nos antebraços. Mas é apenas no sexto mês de vida, geralmente, que o bebê consegue se manter sentado, ainda com apoio. Aos 9, a maioria das crianças já é capaz de se sentar sozinha.
Em geral, o bebê começa a engatinhar entre os 6 e os 10 meses, visto que, nesta fase ele já consegue ficar deitado de barriga para baixo com a cabeça bem erguida e já tem força suficiente nos ombros e nos braços, e também nas costas e no tronco para conseguir engatinhar.
Para iniciar a indução do pequeno, o coloque numa posição favorável, ou seja, de bruços ou sentado, sempre numa superfície plana e longe de objetos pontiagudos e cortantes, tomadas, quinas de móveis, produtos de limpeza e remédios.
Coloque os brinquedos em distâncias diferentes de onde o bebê está — do mais perto, para o mais longe —, e ele tentará se movimentar para alcançá-los. Há quem prefira usar um tapete para engatinhar, feito de material emborrachado e colorido: pode ser uma boa opção para estimular ainda mais o pequeno.
Sempre fique à frente do bebê e fale com ele durante o processo. Ele reconhecerá a sua voz e presença, o que fará com que se sinta mais seguro para ir, aos poucos, aumentando a distância percorrida.
Lembre-se, também, de tomar as medidas de segurança adequadas.
Portanto, se os bebês já estão interessados em engatinhar e podem sentar-se sozinhos sem apoio, seu cuidador pode ajudá-los a engatinhar por meio de algumas estratégias simples, como:
Levantar o bebê no ar:
Levantar ele no ar ajuda bastante, até porque faz com que ele contraia os músculos abdominais que o ajudarão a aprender a engatinhar melhor.
Deixar o bebê engatinhar a vontade:
Deixar o bebê engatinhar pelo chão por mais tempo, vai fazer com que ele se acostume ao chão e desenvolva maior força muscular nos ombros, braços, costas e tronco, quando ele faz o esforço para se movimentar.
Colocar os brinquedos do bebê um pouco afastados dele:
Para que ele faça esforço e tente pegar sozinho.
Colocar um espelho de frente para o bebê quando o bebê estiver deitado de barriga para baixo:
É interessante fazer isto, porque vai fazer com que ele seja atraído pela sua imagem e tenha mais vontade de se aproximar do espelho.
Engatinhar ao lado do bebê:
Essa ação vai fazer com que o bebê tente imitar o movimento, agilizando seu aprendizado.
A maioria dos bebês começa a engatinhar aos 6 meses, mas cada criança se desenvolve de maneira diferente, e você não pode comparar seu desenvolvimento com o de outras crianças. No entanto, se o bebê tiver 10 meses e não conseguir engatinhar, pode haver atraso no desenvolvimento e deve ser investigado por um pediatra.
Algumas atitudes simples podem ser feitas para garantir a segurança do bebê que está engatinhando, e mexendo em tudo que aparece à sua frente, deve-se:
os principais benefícios registrado pelos especialistas são: desenvolvimento mais acentuado dos músculos das mãos, braços e ombros; fortalecimento dos ligamentos tanto da parte superior quanto inferior do corpinho do bebê; estímulo da articulação do polegar que favorece a coordenação motora; aprimoramento da percepção espacial e de noções de profundidade; fortalecimento da coluna; melhora do equilíbrio; estímulo à formação de novas conexões neurológicas ligadas à concentração e à memória.
Uma boa sugestão é colocar joelheiras apropriadas para evitar que o bebê fique com os joelhos vermelhos e usar meias ou sapatos para que os pés não recebam muito frio.
Além disso, a parte frontal do calçado de bebê deve ser reforçada para proteger os dedinhos e ter maior durabilidade. Quando o bebê conseguir engatinhar sozinho, é provável que em alguns meses comece a correr riscos e a querer andar, ficar de pé em uma prateleira ou sofá e treinar o equilíbrio corporal.
No próximo estágio do desenvolvimento infantil, pode parecer tentador deixar o bebê sentar em um andador para que ele aprenda a andar mais rápido, mas isso não é o ideal.
Deixar o bebê fazer esse esforço para conseguir realizar as ações nessa fase, vai fazer toda a diferença no desenvolvimento dele.
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