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Será que a falta da vitamina D em nosso organismo pode aumentar as chances de contrair a Covid-19?
Vamos lá!
Na corrida por tratamentos e medidas para conter a disseminação do coronavírus, o papel da vitamina D na imunidade nunca esteve na agenda.
No entanto, cientistas e médicos têm procurado entender a eficácia desse pró-hormônio no combate a infecções, e isso não é novidade. Pesquisas internacionais conduzidas nas últimas décadas relacionaram surtos de gripe sazonal com deficiências que podem ocorrer no inverno, especialmente em países de clima temperado. Nesses locais, as epidemias de gripe aparecem em períodos de frio e quase desaparecem no verão.
A vitamina D é um pró-hormônio, que contribui para a absorção do cálcio e desempenha um papel importante na função muscular em várias funções do organismo, ou seja, é uma substância multifuncional, pois várias células e tecidos possuem receptores para ela. A deficiência de vitaminas está associada a muitas doenças, como doenças autoimunes, osteoporose e infecções respiratórias.
Desde o início da pandemia de Covid-19, há mais de um ano e meio, pesquisadores de vários lugares do mundo têm buscado entender o papel da vitamina D na prevenção ou no tratamento da nova doença.
Em suma, quando os níveis de vitamina D de um indivíduo estão baixos, notamos um aumento no nível das moléculas que causam inflamação no corpo. Elas são chamadas de citocinas, e seu excesso está relacionado a danos pulmonares e à deterioração da Covid-19, levando à insuficiência respiratória e até à morte.
A principal causa de morte por infecção por coronavírus é a síndrome da deficiência respiratória grave, que é causada pela liberação de grandes quantidades de citocinas inflamatórias (tempestade de citocinas).
De fato, um estudo da Universidade Northwestern, nos Estados Unidos, constatou que pessoas com deficiência do pró-hormônio tendem a ter sintomas graves da infecção.
Apesar disto, muitos estudos ainda estão sendo realizados ao redor do mundo para tentar chegar mais perto de detalhes que envolvem a vitamina D, imunidade e infecção pelo Coronavírus.
Uma pista que os pesquisadores perceberam está relacionada a outras infecções respiratórias – estudos clínicos com vitamina D nesses ambientes mostraram que a suplementação de vitamina D pode reduzir a incidência de doenças.
Por outro lado, foi mencionado em um artigo de julho de 2020 publicado por uma equipe no Journal of Diabetes and Metabolic Syndrome, que teve resultados diferentes, indicando que a vitamina D tem uma correlação baixa. O coronavírus não demonstrou ser estatisticamente significativo.
No entanto, pesquisadores da Universidade de Chicago criticaram que, neste artigo de julho, os dados sobre os níveis de vitamina D são muito antigos, 10 a 14 anos antes do diagnóstico de covid-19. O tratamento durante este período também é incontrolável.
Segundo a equipe que publicou no JAMA Network Open, os resultados recém-divulgados reforçam que a vitamina D tem sim papel no sistema de defesa.
A vitamina D modula a função imunológica por meio de efeitos nas células dendríticas e nas células T, que podem promover a eliminação do vírus e atenuar as respostas inflamatórias que produzem os sintomas”, diz o artigo.
De acordo com os últimos estudos científicos até 2021, a vitamina D contribui para o sistema imune funcionar bem e é de pressupor que níveis adequados ajudam o organismo num momento crítico.
Apesar de não ser um dado fixo, sabemos que cerca de 60 a 70% da população brasileira entre 18 e 50 anos sofre com déficit de vitamina D. Durante o isolamento social, período no qual as pessoas se privam ainda mais da exposição solar, essa carência aumentou consideravelmente.
Desta forma, junto com as medidas gerais de prevenção, é essencial que a população garanta níveis adequados de vitamina D, sobretudo aqueles já infectados, além de profissionais de saúde, idosos, pessoas que vivem em residências assistenciais e todos os que, por várias razões, não se expõem à luz do sol.
Em vários casos, a suplementação pode ser indicada para suprir essa necessidade pela vitamina D no corpo. A Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN) recomenda, em seu posicionamento sobre micronutrientes e probióticos na infecção por Covid-19, que a que a reposição via oral em doses seguras e suficientes faz sentido, desde que prescritas por um médico ou nutricionista.
Em geral, no caso dos idosos, a suplementação costuma ter um papel ainda mais relevante. Pois, os idosos geralmente possuem uma deficiência na vitamina D.
Apesar de todos esses detalhes passados sobre a vitamina D e o Covid, todos devem continuar fazendo sua parte em relação às medidas de segurança em relação a pandemia. O Brasil está avançando na vacinação, e em breve poderemos ter dias melhores por aqui.
Se cuidem!
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